Começou por ser o palheiro, onde se guardavam fardos da palha que alimentavam o gado de tração e faziam as suas camas. Quando a casa deixou de ter animais e o cereal deixou de ser rentável, o palheiro tornou-se inútil. Mais recentemente, na sequência da gripe das aves, foi usado como capoeira e albergou inúmeros bicos da criação da Luisete.
As obras de recuperação da casa converteram este espaço num apartamento, que aproveitou a força telúrica da fraga como espaço cénico exterior. Assim, das portas envidraçadas do quarto ou da cozinha, é possível contemplar a força pura de uma fraga que faz a paisagem, e perceber Miguel Torga quando afirma “Sempre que, prestes a sucumbir ao morbo do desalento, toco uma destas fragas, todas as energias perdidas começam de novo a correr-me nas veias”.